Estamos em pleno inverno brasileiro, e até Cuiabrasa amanheceu fresquinha, portanto momento perfeito para se deliciar com um belo vinho tinto. E é bacana entender um pouquinho sobre a bebida, antes de escolher um exemplar para ser degustado. Sendo “sexy sem ser vulgar”, o vinho nunca sai de moda, sendo informado, sem ser um “enochato”, você nunca vai fazer feio! Então vamos curtir um GUIA BÁSICO DO VINHO TINTO, sem medo de ser feliz??? Primeiro não finja ser uma enófila de carteirinha, porque não é nem um pouco feio não entender. Afinal tenho certeza que você é expert em alguma outra coisa e iria morrer de rir se alguém fingisse dominar o assunto, falando bobagens! Segundo, vale a pena aprender a apreciar vinho seco, já que tinto suave de mesa, para quem entende, é quase uma blasfêmia, e juro que depois que você acostuma, percebe que o vinho doce “rouba” todo o sabor da uva. 
Antes de falar de UVAS, falemos de TANINOS. Afinal, o que são os tais taninos? Explicando de forma generalizada, são partículas encontradas nas partes sólidas da uva, especialmente na casca. O tanino também existe em madeiras, como o carvalho, tradicionalmente usado no armazenamento e envelhecimento do vinho. É ele que confere aromas complexos, textura, estrutura, boca plena (expressão que os entendidos adoram usar) e persistência (você sabia que vinhos são persistentes???). O fato é que o tanino vai ajudar a conferir um sabor mais forte, ou mais fraco, mais encorpado ou mais leve, usando o português claro, ok! Uh huuuu aprendemos a falar TA-NI-NO, já podemos conversar sobre vinho!

Agora vamos falar de UVAS:

CABERNET SAUVIGNON: Podemos dizer que é a uva mais apreciada pelos amantes do vinho (euzinha acho muuuuito seca e forte, mas euzinha quase não conto… rsrsrsrsrsrs!). Esta uva é tradicional da região de Bordeaux na França, é conhecida como a “rainha das uvas tintas”. Pode-se dizer que tem uma “pegada” mais masculina. Além da França, hoje a produção desta uva é muito forte em países como Chile, Austrália e California.

MERLOT: Também originária da região de Bordeaux, seu vinho é considerado intenso, redondo, aveludado, potente… Demais hein? Contrariando a maioria, eu prefiro a uva Merlot à Cabernet. Seu paladar é considerado rico, macio, sedoso e de grande classe! Era considerada a segunda opção das uvas de Bordeaux, porém esta percepção mudou a partir da década de 80. Deve ser por isso que eu a prefiro, foi o ano em que nasci… rsrsrsrsrsrs!

CARMENERE: Prima-irmã da Uva Merlot, a Carmenere era cultivada originalmente na região de Bordeaux (gente bordeaux comanda!!!), porém foi dizimada por uma praga por volta de 1860 e só reapareceu no Chile, no ano de 1994! Hoje ela é cultivada quase que exclusivamente no Chile, pois se adaptou ao clima e solo tão perfeitamente, que tornou-se a maior produção da região. Os taninos da Carmenere são mais amigáveis que da Cabernet Sauvignon, notas vegetais fazem com que seu vinho seja considerado (pelos entendidos) menos elegantes que um Merlot. Faz um vinho de corpo médio, fácil de beber, que deve ser bebido jovem. (meu veredicto de nada expert: é a minha uva favorita everrrrr!)

PINOT NOIR: Uma uva elegante, originária da região de Borgonha na França, também cultivada na região de Champagne, e utilizada na fabricação do Champagne propriamente dito. Esta uva tida como de difícil cultivo, se adaptou bem ao Chile, o rei dos vinhos na América do Sul, também é amplamente cultivada na Itália, Nova Zelândia, e Africa do Sul. Seus vinhos são complexos de aromas intensos (eu gosto bastante dos vinhos desta uva).

SHIRAZ OU SYRAH: Até pouco tempo sua origem era desconhecida. Atualmente é amplamente cultivada no Chile, Austrália, França, Estados Unidos, e até no Brasil que hoje considera a sua produção de futuro promissor (os entendidos, não gostam muito dos vinhos brasileiros). Quando elaborado com uvas maduras, o vinho possui cor intensa, é aromático e complexo. Pode ser considerada a uva dos “neo-apaixonados-por-vinhos”. (Já experimentei e gosto muito!)

TEMPRANILLO: A Tempranillo é uma casta de origem espanhola que vem chamando muita atenção nos últimos anos. Devido a sua incrível adaptabilidade aos climas continentais, ela passou a ser cultivada em regiões distantes como Austrália, Argentina, África do Sul e Estados Unidos. Os resultados são tão animadores que já se fala em a Tempranillo tornar-se uma opção mais acessível que a Cabernet Sauvignon e Merlot para os mercados internacionais.
O Petrus é um dos vinhos mais caros do mundo, suas garrafas custam em média R$11.000,00 e dizem, são o sonho de consumo de qualquer enófilo. Ele é originário de Bordeaux na França, especificamente da vinícula Pomerol, e é elaborado de uvas Merlot/Cabernet Franc. Mas os vinhos bons, são sempre caros??? NÃO! E sinceramente, quando estiver começando a sua eno-jornada, aposte em vinhos de preço mais amigo, não tenha vergonha disso! Já tomei muitos vinhos excelentes, que custaram menos de R$100! ok??? Em breve farei um post, com dicas de rótulos bacanas, para você começar a degustar em casa, ou no próximo jantar, em um restaurante bacana da sua cidade.
Espero ter ajudado um pouquinho, a lhe inserir no delicioso mundo dos vinhos!
Bjo bjo bjo!