Quando perdemos alguém que amamos, a saudade arromba, expõe e fere o coração! As lembranças são doídas, parece que vamos nos despedaçar… A sabedoria popular explica que o único remédio é o tempo. Tempo este que define e delimita a vida. Tempo que consola, que abranda sentimentos, que acalma o coração.
Depois de algum tempo as lembranças já não são só dores e lamentações… Recordando podemos reviver! Aquela ausência que tão profunda se fez presença em nossas vidas, consegue se transformar… com o tempo!
A saudade de quem se foi abruptamente, na flor da juventude, depois de muito tempo ainda é inquietante. Porque remete às lembranças não vividas, aos sonhos não realizados, às experiências interrompidas…
Quando ela toca o coração através da perda de alguém que se foi após longa jornada, é mais tranqüila, porém não menos intensa, afinal ninguém se prepara para a morte, esta ruptura permanente não é perfeitamente compreendida pelo coração humano.
A dor embarcada na ausência de abraços, afagos e carinhos, transforma a feição do ser amado. Depois de algum tempo os defeitos desaparecem e a vida congela as imagens dos momentos sublimes vividos: o dia da formatura, do casamento, os natais, aniversários, dia das mães, dos pais, almoços de domingo…
Eu sinto saudade de quem se foi! As vezes ela me toma o coração na madrugada, me tira o sono… Depois sonho! Ah como sou feliz quando em sonho, abraço, aperto, beijo, agradeço… Sonhando, já senti cheiro de vó, carinho de avô, abraço de bisavó, olhar de amigo, sorriso de tio…
QUANDO SONHO COM MEUS QUERIDOS QUE SE FORAM, ACORDO EM PAZ, PORQUE DE SAUDADE E LEMBRANÇAS, ALIMENTO MEU CORAÇÃO COM O AMOR QUE OUTRORA SE FEZ PRESENTE…
Maysa Leão
