Nossa, nem acredito que euzinha aqui, estou dando dicas de corrida, mas como contei no post inicial sobre os #100DIASDEMUDANÇA, eu que não corria 100 metros, agora estou correndo 6 km com certa facilidade, e consegui completar uma prova de 10 Km!!! Ehhhhh! Uh huuu! Eu desenvolvi uma “técnica” que me ajudou, me baseei em vááárias leituras em sites especializados, e no meu conhecimento mediano de fisiologia (não sei se vocês sabem, mas eu cursei fisioterapia até o 3ºano e isso sempre me ajuda). Então para começar, vale um alerta, especialmente para quem é sedentário, faça uma avaliação médica antes de sair correndo por aí, ok!? Não quero ninguém desmaiando com #DicasdaMaysa Hahaha! É legal também, se você puder, fazer uma avaliação física, acompanhada de uma bioimpedância, que é aquele exame que te diz, quantos % de gordura tem seu corpo, quantos % de água, quantos % de massa magra… Porque o peso na balança, esconde muitos detalhes que são essenciais, para o acompanhamento de resultados. Avaliações feitas, vamos ao que interessa:
O LOCAL:
Eu não gosto de esteira, e acho que aquele monte de gente olhando para você na academia, acaba não ajudando. Eu gosto de ir no Parque Mãe Bonifácia de manhã, ou na Arena Pantanal no fim do dia. O parque me faz bem, pelo quesito natureza, aquele cheirinho de verde, o visual… A Arena é bacana por ser segura de noite, por ter um circuito de 1Km, cada volta (correndo no entorno), por ser livre de variações como descidas e subidas. No começo, um ambiente mais plano ajuda, pois você só precisa focar no ritmo e na respiração. 
ALONGAMENTO:
O alongamento estático (parado) antes da corrida é controverso, porque existem estudos que dizem ser bom, já outros dizem que se você começar a correr com a musculatura alongada e relaxada, tem a tendência de machucar durante as passadas. Então eu encontrei um meio termo, dou uma alongada nas costas, braços, um pouquinho nas pernas, só para tirar a “crocância” (sabe quando a gente mexe e fica “creq, creq, creq”, hahaha! Essa é a crocância). O alongamento do depois, é essencial, para prevenir lesões, confesso que não estava fazendo direito, e que agora vou prestar muito mais atenção nele. Pelo menos 15 minutos alongando, no final, e pára de preguiça!
AQUECIMENTO OU TREINO DE ADAPTAÇÃO:
Tem que aquecer, e no caso, os meus primeiros treinos, foram inteiros de aquecimento, ou melhor, adaptação. O aquecimento é aquela volta inicial, com trotezinho leve, em ritmo mais lento, que tem o intuito de “acordar” a musculatura, e estabelecer o ritmo respiratório, que é a chave da corrida. Eu gosto de correr em um ritmo médio de 7  minutos e 40 segundos por Km. Como eu descobri esse ritmo? Tentativa e erro!!! Eu uso um aplicativo (gratuito) chamado Nike Run, no meu celular, e a cada Km, ele avisa, a distância, e o ritmo, que é quanto tempo você levou para completar aquele Km. No começo, se eu corresse mais rápido, literalmente perdia o fôlego, e babau! Aquela dor na barriga, de quem respirou errado, e não conseguia mais correr.
RESPIRAÇÃO: 
A respiração é TUDOOOO na corrida! Eu não corria, basicamente porque não sabia respirar. Isso porque sempre pratiquei atividade física, e não entendia o porquê de não conseguir correr. Existem zilhões de técnicas, vou contar a que funcionou para mim, ok?! Boca fechada, porque se eu abro a boca, respiro errado e logo estou com dor na barriga, eu tranco a boca mesmo, dá até cansaço na mandíbula, no fim da corrida. Segunda coisa: Inspiração mais profunda que expiração. Eu inspiro em 3 passadas (passos em “corridez”) e expiro em 2 passadas, sempre! Então não dá para correr conversando, pensando na morte da bezerra, ou fazendo lista de afazeres, ao menos no começo, você precisa estar focada(o), na corrida, no ritmo, e nessa respiração, até que ela se torne automática.
POSTURA: 
A postura é essencial nessa vida, ela vai lhe salvar de dores, e vai cuidar dos seus joelhos. Anote isso: Nossos joelhos não foram fabricados para acompanhar nossa nova expectativa de vida, muito menos o sobrepeso generalizado da população, com isso, logo eles dão sinais de desgaste, portanto cuidar dos joelhos, é cuidar da sua qualidade de vida, no futuro. Coluna ereta, queixo levemente inclinado para cima, braços dobradinhos na lateral do corpo, fazendo um ângulo de 90º com o antebraço, punho levemente fechado. Quando começar a correr, pense no movimento, tente a cada “respirada” treinar o diafragma, para ajudar o pulmão a puxar e soltar o ar, se necessário, coloque a mão na barriga, enquanto correr, para sentir o abdômen mexendo. É tanta coisa, né? Prometo que depois de um tempo, você vai conseguir colocar tudo isso no piloto automático. Na hora das passadas, quando o pé for tocar o solo, foque em contrair o abdômen, absorvendo o impacto do tronco, evitando de deixar todo o impacto pesar no joelho. Do começo ao fim, corrija a postura, pois a nossa tendência é o oposto: dobrar o tronco para baixo, olhar para o chão, correr descoordenado, deixando o joelho absorver tudo. 
FREQUÊNCIA:
Eu peguei gosto quando consegui correr 3 Km sem “morrer”, e queria correr todo dia! A frase clássica do meu marido, me barrou: “Água demais, mata planta”, e o medo de me machucar, me fez ser coerente. Então passei 20 dias, correndo dia sim, dia não. Agora já estou correndo quase todos os dias, mas estou alternando o tipo de corrida, um dia corro “hardcore” (traduzindo: pesado) em percursos mais longos, com bastante subida, com o intuito de forçar até o limite, no outro dia corro bem levezinho, em percursos planos, por no máximo 4Km, com velocidade bem baixa. Estou no segundo mês de treino, então por enquanto, é assim que estou conduzindo. 
PLANILHA DE CORRIDA, TREINADOR…
Você vai ouvir falar em planilha, logo vai ver que todo corredor que se preze tem uma. Eu ainda não montei uma, oficialmente, só esse estilo, que descrevi no parágrafo anterior. A planilha define os diferentes tipos de treino para cada dia, é através dela que se faz um planejamento para evoluir na corrida, e melhorar resultados. Eu ainda vou chegar lá, e prometo dividir com vocês, aqui. Quanto ao treinador, aqui em Cuiabrasa existem grupos de corrida, e isso faz baixar o custo de ter um treinador. Eles treinam em locais específicos, em horários pré-determinados, várias pessoas ao mesmo tempo, o valor gira entre R$150 e R$250 (para treinar no grupo). Eu acho válido, porque apesar de serem várias pessoas ao mesmo tempo, ele (ou ela) vai fazer uma ficha sua, criar a sua planilha, te passar técnicas, corrigir o que você estiver fazendo errado, e com certeza você vai evoluir melhor. Eu ainda não quero ter treinador, porque meu marido tem suprido essa necessidade, e porque quero me sentir segura, antes de ter alguém me impulsionando a ir adiante. 
Brinquei com as minhas amigas que me apaixonei pela corrida, estou naquela fase do amor profundo, como se estivesse pintando um quadro, não queria alguém dizendo que minha pintura não é um cubismo autêntico, porque por enquanto estou adorando pintá-la, achando que é… Hahaha! Complexa a blogueira, né?!
Enfim, comece, acredite e FOQUE! Existe um fator que coloca todos os outros anteriores em sintonia, chamado: FORÇA DA MENTE! O seu cérebro vai ficar lhe dizendo que você não aguenta, que está cansada(o), que está doendo, que a subida é longa, que é hora de parar… Mostre para ele, quem é que manda! Para mim também funciona, fazer tudo isso com uma TRILHA SONORA estimulante, tenho gostado muito de correr com David Guetta ou Calvin Harris, mas depois eu conto sobre a “Play list”… Já viu que temos assunto para o ano inteiro, né?!
Bjo bjo bjo!