Este post é direcionado às mamães, porque só quem já viveu a maternidade vai entender nossa HIPÉRBOLE SENTIMENTAL esta semana! O primeiro dia de aula provoca emoções que nem mesmo a mais preparada das mães (se é que isto existe) consegue explicar. Eu descobri que há duas Maysas-mãe em mim!
A jovenzinha mãe da MARIA EDUARDA, que aos 25 anos levou a filha na escola para seu primeiro dia. Naquele tempo eu confesso que não sabia o que esperar… Não tinha expectativas, minhas amigas não tinham filhos e a criança mais próxima de mim era meu afilhado de 7 anos. Eu coloquei o uniforme na minha pequena, arrumei o cabelinho exíguo, arrumei a lancheira, uma troca de roupa na mochila e fui, com o coração tranquilo. Como era de se esperar a Duda deu um baile de diplomacia. abraçou a professora, a auxiliar, os coleguinhas (um por um), virou-se para mim e disse: TCHAU MAMÃE! 
Eu fiquei emocionada e perplexa! Será que as outras crianças aos berros amavam mais suas mães? Será que a minha filha detestava seus 2 anos passados dentro de casa? Ou será que eu é que sou super-super-melhor-do-mundo e criei uma “mulher” segura de si, pronta para enfrentar a vida??? Rsrsrsrs!
Duda no seu primeiro dia de aula aos 2 aninhos
A outra mãe que existe em mim é mais experiente, já está no segundo filho, sabe mais sobre a maternidade, tem 31 anos, e se preparou para este dia! Ah tá! Rsrsrsrs! Quem pensa assim, cai do cavalo, logo na primeira lágrima. O primeiro dia de aula do JOÃO LUCAS foi marcado por pais inseguros… Rsrsrs! O Matheus dizia: “Ele não vai ficar”, eu pensava: ele vai chorar… Que aflição toma conta do coração de pais de um menininho. Ele é mais dengoso que a irmã, menos decidido, muito grudado conosco… Tadinho dele! 
JL no seu primeiro dia de aula aos 2 aninhos
O fato é que sim, ele chorou! Não foi tão seguro quanto a irmã porque ELE E ELA NUNCA SERÃO IGUAIS. Talvez ele tenha ficado receoso por conta dos meus receios, aqueles que eu não senti da primeira vez. Eu sei que olhando de fora da sala, pelo pequeno vidro na porta, me percebi sendo uma ponte para as inseguranças do meu pequeno.
A professora disse: Quando a mãe fica, o filho sente que ela está por ali, logo ele pensa: se eu chorar ela me leva embora para nossa vidinha doce na “zona de conforto” e eu não preciso ficar aqui para esta nova vida! 
Eu fui embora! Não abandonei meu filho diante de seu primeiro grande desafio. Eu confiei! Confiei nele, no amor que ele tem sentido todos os dias, nos abraços que sempre damos e recebemos. Confiei que ele sabe, no fundinho do coração, que a mamãe volta! Nossas mães sempre voltaram… Não serei eu a contribuir para que meu filho seja inseguro diante dos desafios da vida. Este foi o primeiro grande passo que ele deu, eu estive lá, mas não andei por ele. Sou mãe, não sou muleta emocional! Repito isso para mim como mantra, sempre que “quero” minar a autoconfiança dos meus filhos. No meu entendimento, é este equilíbrio que deve nos ajudar a criarmos pessoas fortes, preparadas para as dificuldades que lhes aguardam, prontas para os desafios, para as alegrias, para a complexidade do viver!
Tão pequenos e tão grandes! Sempre será este nosso dilema… Minha mãe me chama de neném até hoje, tenho certeza que, as vezes ela me enxerga de fraldinha de pano, engatinhando pela casa. Mas ela sempre me deu a mão, deixou rapidamente de me “carregar no colo”, para que eu pudesse caminhar por minhas próprias pernas e conseguir chegar onde eu quiser, sonhar, desejar! 
Espero que vocês tenham gostado de viver comigo esta experiência, sejam seguras, sejam apoio, nunca “muletas emocionais”!
Bjo bjo bjo!